quarta-feira, 9 de abril de 2008

A beautiful world


Se houvesse um outro mundo atrás dessa porta, como ele seria? Um mundo onde tudo é mais bonito e mais colorido, onde não existe injustiça. Onde todos são felizes, independente de raça, credo, opção sexual, gosto musical. Funkeiros e Rockeiros andariam lado a lado como num mundo de faz de conta. Mc Leozinho gravaria uma versão mais "agitada" de Creep, e o Thom Yorke agitaria todos na velocidade 5 do Créu. Os Skinheads cantariam Dancing Queen numa mega Parada Gay, e alguns militantes do movimento GLBT dariam uma boa surra em alguns amigos mais escrachados. Afinal, limite e bom senso não fazem mal a ninguém, e a mesma mão que afaga, também afoga.
Não suficiente, imagine aqueles negros estilo guêto americano, com roupas extra gg ouvindo hip hop altão (nada contra o hip hop, nem o altão - afinal, acabou o preconceito no mundo, né?!) em cerimônias chiques, do tipo em que só se come comida difícil de pronunciar o nome (foie gras, por exemplo - patê de fígado de ganso soa muito melhor) e quando vissem a mesa de queijos e vinhos, alguém tivesse a empáfia de dizer: Meu deus, estão servindo até queijo mofado pros convidados. Por isso estão tão ricos.
Agora, como tudo na vida, o gran finale. O Bispo Macedo dançando Ijexá, com abadá branco e turbante de bahiana, e todas aquelas bahianas louvando ao senhor, queimando todos os pecados e repreendendo essas pessoas que se entregam ao demônio e acabam perdendo um lugar no céu. E o Bispo, abençoando com arruda e água de cheiro, o tão demorado acordo de paz entre os EUA e o Iraque, onde os EUA desiste de vez das guerras e conflitos. E de presente, o Iraque resolveu dividir todos os peços de petróleo com eles. Afinal, pra que brigar por um monte de óleo preto que nem dá para beber? Petróleo tem muito no mundo, o que está acabando é a água potável.
Com um mundo a la propaganda de margarina as coisas seriam bem melhores né? Mas também seriam muito mais sem graça.

2 comentários:

Tata disse...

Ah, ser sem graça é relativo. Eu gostaria de viver numa propaganda de margarina. As vezes eu acho que vejo o mundo como uma; famílias felizes, paz e amor.
Eu tento ver o mundo assim, não gosto nem quero vê-lo com pessimismo.
No final, é tudo ponto de vista, e é tudo relativo.

E eu prefiro foie gras - pensar que o patê é feito de fígado de um animal marrento e feioso me dá enjoo x.x
Fígado, blargh ;p

Carla disse...

Olha, seu texto tá muito bem escrito e coisa e tal. Mas, por favor, deixa o tal do Leozinho cantando Créu e BEM longe de Creep!