segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Desejos


"Desejo primeiro que você ame,
E que amando, também seja amado.
E que se não for, seja breve em esquecer.
E que esquecendo, não guarde mágoa.
Desejo, pois, que não seja assim
Mas se for, saiba ser sem se desesperar
Desejo também que tenha amigos
Que mesmo maus e inconseqüentes
Sejam corajosos e fiéis
E que pelo menos em um deles
Você possa confiar sem duvidar
E porque a vida é assim
Desejo ainda que você tenha inimigos
Nem muitos, nem poucos
Mas na medida exata para que
Algumas vezes você se interpele
A respeito de suas próprias certezas.
E que entre eles
Haja pelo menos um que seja justo
Desejo depois, que você seja útil
Mas não insubstituível
E que nos maus momentos
Quando não restar mais nada
Essa utilidade seja suficiente
Para manter você de pé.
Desejo ainda que você seja tolerante
Não com os que erram pouco
Porque isso é fácil
Mas com os que erram muito e irremediavelmente
E que fazendo bom uso dessa tolerância
Você sirva de exemplo aos outros
Desejo que você, sendo jovem,
Não amadureça depressa demais
E que sendo maduro
Não insista em rejuvenescer
E que sendo velho
Não se dedique ao desespero
Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor
Desejo, por sinal, que você seja triste
Não o ano todo, mas apenas um dia
Mas que nesse dia
Descubra que o riso diário é bom
O riso habitual é insosso
E o riso constante é insano.
Desejo que você descubra
Com o máximo de urgência
Acima e a respeito de tudo
Que existem oprimidos, injustiçados e infelizes
E que estão bem à sua volta
Desejo ainda
Que você afague um gato, alimente um cuco
E ouça o joão-de-barro
Erguer triunfante o seu canto matinal
Porque assim, você se sentirá bem por nada
Desejo também
Que você plante uma semente, por menor que seja
E acompanhe o seu crescimento
Para que você saiba
De quantas muitas vidas é feita uma árvore
Desejo, outrossim, que você tenha dinheiro
Porque é preciso ser prático
E que pelo menos uma vez por ano
Coloque um pouco dele na sua frente e diga:
"Isso é meu"
Só para que fique bem claro
Quem é o dono de quem
Desejo também
Que nenhum de seus afetos morra
Por eles e por você
Mas que se morrer
Você possa chorar sem se lamentar
E sofrer sem se culpar
Desejo por fim
Que você sendo homem, tenha uma boa mulher
E que sendo mulher, tenha um bom homem
Que se amem hoje, amanhã e nos dias seguintes
E quando estiverem exaustos e sorridentes
Ainda haja amor pra recomeçar
E se tudo isso acontecer
Não tenho mais nada a lhe desejar"
(Victor Hugo)

sábado, 27 de dezembro de 2008

That's it.

Acabou mais um ano. E outro está começando. Eis que chega a grande festa, “a grande virada”. Convidados, champanhe, música, animação e principalmente, promessas de fim de ano. Ah, pobres mortais que somos, não mudamos mesmo! Todo ano novo é igual. Pode não haver convidados, pode não ser estourada a champanhe, pode estar tudo escuro, tudo parado, sem musica, festa, fogos. Mas algo existe dentro de nós que não muda. O desejo de mudar. Redundante a minha colocação? Nem tanto. Por mais que queiramos disfarçar, todo ano existe uma expectativa de melhora em relação ao anterior. Isso está em nós, não há o que mudar. Toda festa de fim de ano é igual. Pode não ter champanhe, mas tem sete ondas para pular. Pode não ter praia, mas sempre tem três uvas para comer. E se não tiver uva, sempre tem uma romã ou um pouco de lentilha que alguém preparou. Não, ninguém preparou? Então no mínimo temos a roupa branca, para trazer paz, aquela calcinha amarelinha, que trará dinheiro, ou ainda, porque não, algo vermelho, para evocar a grande paixão que tarda em chegar. No final das contas, sempre ansiamos por algo. E esse ano não será. Passada a festa, passada a bebedeira, os vexames, as brigas, os risos, os fogos, entraremos no novo ano com ânimo revigorado, com ar de vencedores, fazendo promessas mil, que não poderemos cumprir. Todo mês de janeiro queremos começar um regime. Não, melhor que isso! Passaremos horas e horas ardendo em saunas e queimando as calorias – e o salário – em academias que não freqüentamos por mais de duas semanas. Admitamos: nós nunca conseguimos cumprir todas as promessas feitas na euforia da grande festa. E chegamos até a acreditar que os outros cumprirão as suas promessas também, como aquele noivo que diz que se casará em breve, ou aquela vizinha que promete nunca mais pedir aquela sua bolsa, que combina direitinho com o sapato dela. É, todos prometem. E ninguém cumpre.
Mas vamos mudar o enfoque da questão. Vamos imaginar um mundo pessimista. Vamos pensar que esse ano será ainda pior que o ano passado. Não vamos mais pensar em emagrecer, desistamos de casar, vamos esquecer de tudo o que nos faz bem. Nada mais é possível. Não adianta nem tentar. Para quê começar uma faculdade, se não teremos emprego?. E para que ter um emprego, se o dinheiro não será suficiente para sustentar uma família? Aliás, para que criar uma família? Só para colocarmos mais sofredores no mundo? Vamos pensar assim. Vamos ver um futuro negro em nossa vida. Vamos ver um grande vácuo em toda a existência. Não vamos mais nos preocupar com nada que nos faça feliz, pois o ano passado não foi completamente bom e esse será ainda pior. Será que é essa a saída? É estranho, mas apenas depois de mudarmos o enfoque da questão é que podemos perceber o grandioso valor das promessas de ano novo. Afinal, quem se importa se vamos conseguir realmente cumprir todas elas? O mais importante é que estamos vivendo e sonhando. E a cada queda que a vida nos dá, é nos sonhos que nos apoiamos para levantar e seguir em frente. E ao levantarmos, podemos notar toda a nossa capacidade de luta. Vamos sorrir para a vida, mesmo nos pequenos atropelos que temos, afinal, toda vez que tropeçamos, somos jogados com força para a frente. Essa é a função de toda a dificuldade que passamos. Nos impulsionar para a vitória. Sei que os tempos são difíceis para os sonhadores, e que muitos já perderam a capacidade de sonhar. Mas há sempre algo ou alguém que nos faz ir além. Faça valer a pena.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Dúvidas da paixão

Ao mesmo tempo que sim, ao mesmo tempo que não. O desejo que diz sim. O desejo que tem fim. O desejo que diz não. Teus olhos dizem pra mim. Afirmam que sim. Sugerem que não. À cada momento. Uma nova interpretação. E fico entre o que quero e o que não quero. Entre o que mais quero e o que mais queria. O que mais queria, que agora é não. O que mais quero, que agora é sim. Mas tu não decides por mim. E eu me divido assim. Entre o sim e o não. Das batidas do teu coração. E a minha pulsação. O sim para mim. A minha inspiração. Que bate mais forte. Dentro de mim. O não que palpita. A respiração. No teu coração. Uma hora me diz que sim. Outra hora me diz que não. São males do amor. São dores de uma paixão. Palpitam descompassados. No peito dos namorados. Na UTI dos apaixonados. Os corações são consultados. Os resultados são esperados. Eletrocardiograma de paixões. Registram todas as emoções. O resultado de dois corações. Batem entre o sim e o não. Entre o bem e o mal. Alterações identificadas. O resultado é normal. A doença é diagnosticada. Para alegria dos pacientes. Parece tudo bem e normal. Sobe um pouco a pressão. A pressão arterial. Por conta da obsessão. Perdemos um pouco a razão. Por conta de um grande amor. Deu-se a grande confusão. O resultado imaginado. Na fita foi registrado. São males do coração. Benesses de uma grande paixão.

sábado, 27 de setembro de 2008

De súbito

Amor, então
também, acaba?
Não, que eu saiba.
O que eu sei
é que se transforma
numa matéria-prima
que a vida se encarrega
de transformar em raiva.
Ou em rima.

Paulo Leminski

(há momentos que é melhor deixar quem entende falar...)

Ensaio

O bilhete por debaixo da porta.

Frente:
Houve um tempo em que viver contigo era comum demais, até que me deixaste. Agora vejo o quanto sou dependente de você. Com amor, Eu.

Verso:
Passarei aí às oito. Espera-me arrumado, iremos ao cinema.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008


"Les temps sont durs pour les rêveurs". Numa de suas pouquíssimas falas no filme O fabuloso destino de Amélie Poulain, a personagem Eva (Claude Perron) diz essa frase que em português significa algo como "São tempos difíceis para os sonhadores". Um efeito impactante, para mim, numa frase rápida, num personagem rápido.

Fiz dessa frase um "estilo" de vida, uma marca. Não consigo viver sem associar essa frase ao meu cotidiano: vivo num mundo difícil, pressionado por poucos. As pessoas nas ruas não te olham, as pessoas na loja querem te roubar, as pessoas na televisão querem te enganar. Perdemos o olhar simples da vida, não paramos para olhar a flor que nasceu na árvore que passamos por todos os dias, não ouvimos o som de pássaros na rua, o cheiro acre da grama. As pessoas têm pressa, estão sempre atrasadas e não encontram tempo para sentir essas motivações de viver. Ninguém anda sorrindo.

São tempos complicados - tempos de angústia, nervosismo, doenças - que poucos pensam em mudar. Eu faço a minha parte, pensando em mim e nas pessoas. Eu não vou transformar a vida num complicado modo de viver, arruinar por besteiras, perder os bons momentos que posso ter. Aqueles que me vêem assim, quem sabe, podem mudar de visão também. Quem sabe, você lendo isso também não mude?

Os momentos podem ser os mais difíceis, mas lembre-se que és um sonhador. Não há dificuldade que não possa ser vencida por um sonhador. Pense numa vida assim e viva, pense sempre em você (pensar no bem de alguém especial também é pensar no próprio bem). Busque sua felicidade.

domingo, 22 de junho de 2008

Me falta tempo pra passar aqui, mas também me falta ânimo, motivação. De repente, tudo tem se tornado tão superficial, e a vida tem passado como se fosse por acaso. Aquela sensação de estar sozinho no meio da multidão, de que está sempre faltando alguma coisa e de que o céu está pintado em tons de cinza tem se tornado cada vez mais constante, e eu definitivamente, não sei como mudar isso. É difícil enxergar a verdade, e por mais que é melhor estar só do que mal acompanhado, chega uma hora de que não queremos mais estar só. Por mais que eu goste de me curtir e de estar sozinho, de viajar na introspecção das canções e de estar sozinho com meus pensamentos, eu estou começando agonizar. Is there anybody in there? I need some help.

...

sábado, 7 de junho de 2008

terça-feira, 27 de maio de 2008

"Cada um que passa em nossa vida, passa sozinho, pois cada pessoa é única e nenhuma substitui outra.
Cada um que passa em nossa vida, passa sozinho, mas não vai só, nem nos deixa sós; leva um pouco de nós mesmos, deixa um pouco de si mesmo.
Há os que levam muito, mas há os que não levam nada; há os que deixam muito, mas há os que não deixam nada.
Esta é a maior responsabilidade de nossa vida e prova evidente de que duas almas não se encontram por acaso.”
Antoine de Saint-Exupéry
Tá, tudo bem. Ninguém se encontra por acaso, mas podia ser mais fácil saber pra que algumas pessoas aparecem na nossa vida né? E se continuar assim, boto pra correr e não quero saber se vai levar ou deixar de levar alguma coisa minha. Eu heim.
Procura-se um cupido urgentemente. Os interessados, favor deixar comentário aqui neste blog.

terça-feira, 13 de maio de 2008

A todos os meus amigos (L)

Mesmo que o tempo passe.
Mesmo que o mundo dê voltas.
Mesmo que percorrermos caminhos opostos.
Um dia nos encontraremos,
todos nós...em algum lugar.
Então sentaremos e veremos
se continuamos falando a mesma linguagem.
Beberemos da mesma bebida,
cantaremos a mesma música
e contaremos as nossas histórias.
Voltaremos no tempo.
Não teremos vergonha se alguma lágrima tentar aparecer.
Não teremos preocupação em esconder as emoções.
Vamos provar, do mesmo riso.
Vamos provar, da mesma lágrima.
Vamos enfim, matar a saudade.
Vamos recordar os caminhos
que percorremos separados, juntos...
Vamos meu amigo, caminhar nas lembranças.
Vamos sonhar novamente os nossos sonhos.
Vamos abraçar os momentos que passamos juntos.
Pois esses momentos
é que nos fez amigos
e ninguém vai nos tirar.
Já faz parte da nossa história.

domingo, 4 de maio de 2008

Eu acho que tenho tido muitas ocupações na minha vida, para ter pré-ocupações. Como diria o Filtro Solar, pré-ocupação é tão eficaz quanto mascar chiclete paratentar resolver uma equação de álgebra. Mas e aquelas pré-ocupaçõezinhas que nós não conseguimos nos livrar por mais que tentemos? Eu juro, que se eu encontrasse um lugar que prestasse serviços como a Lacuna Inc., eu seria um daqueles clientes de cartão de fidelidade e tudo o mais.

Quando será que isso tudo vai mudar, heim? Poxa vidinha.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Beije o vento
Faça algo sem pensar
Junte uma turma de amigos
Mude de profissão
Faça bolas de sabão
Morra de amor
Seja fiel consigo mesmo
Tome banho de chuva
Desligue o celular
Conheça seu vizinho
Dance à luz da lua
Voe de helicóptero
Salte de pára-quedas
Escreva uma poesia
Sente na janela
Brinque de esconde-esconde
Cumprimente um desconhecido
Quebre regras e etiquetas
Passe o dia com sua avó
Pinte as paredes
Diga: "Amo você"
Escute conversas alheias
Abraçe seus irmãos e seus pais
Namore, namore, namore
Faça sexo
Faça amor
Transe
Entenda filosofia
Cante parabéns pra você
Sonhe acordado
Divirta-se à toa
Escute o silêncio
Sorria sem motivo
Seja seu próprio ídolo
Leia Shakespare
Faça mais um vestibular
Saia da dieta

E seja Feliz!

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Prometo que semana que vem, quando passa a prova e eu tiver apresentado os trabalhos de História Militar e Organização e Emprego do Serviço de Saúde, eu volto a postar ¬¬"

terça-feira, 22 de abril de 2008

A Pessoa Errada - Luis Fernando Veríssimo

Pensando bem, em tudo o que a gente vê, e vivencia, e ouve e pensa, não existe uma pessoa certa pra gente. Existe uma pessoa que, se você for parar pra pensar é, na verdade, a pessoa errada. Porque a pessoa certa faz tudo certinho. Chega na hora certa, fala as coisas certas, faz as coisas certas, mas nem sempre a gente tá precisando das coisas certas. Aí é a hora de procurar a pessoa errada. A pessoa errada te faz perder a cabeça, fazer loucuras, perder a hora, morrer de amor. A pessoa errada vai ficar um dia sem te procurar, que é pra na hora que vocês se encontrarem a entrega ser muito mais verdadeira. A pessoa errada, é na verdade, aquilo que a gente chama de pessoa certa. Essa pessoa vai te fazer chorar, mas uma hora depois vai estar enxugando suas lágrimas. Essa pessoa vai tirar seu sono mas vai te dar em troca uma noite de amor inesquecível. Essa pessoa talvez te magoe e depois te enche de mimos pedindo seu perdão.Essa pessoa vai tirar seu sono mas vai te dar em troca uma noite de amor inesquecível. Essa pessoa talvez te magoe e depois te enche de mimos pedindo seu perdão. Essa pessoa pode não estar 100% do tempo ao seu lado, mas vai estar 100% da vida dela esperando você e vai estar o tempo todo pensando em você. A pessoa errada tem que aparecer pra todo mundo, porque a vida não é certa. Nada aqui é certo. O que é certo mesmo, é que temos que viver cada momento, cada segundo amando, sorrindo, chorando, emocionando, pensando, agindo, querendo, conseguindo. E só assim é possível chegar àquele momento do dia em que a gente diz: "Graças à Deus deu tudo certo" quando na verdade tudo o que Ele quer é que a gente encontre a pessoa errada pra que as coisas comecem a realmente funcionar direito pra gente...

Amigos

When you are down, and troubled...

É legal quando pensamos no nosso círculo de amigos. Tem aqueles que preferem quantidade. Eu não. Prefiro qualidade, aquela velha história de poucos, mas bons. Cada um com sua particularidade, cada um com seu jeito e seu lugar guardado. É engraçado também quando paramos pra pensar de onde vieram todos esses amigos. Eu acho que resumindo bem, eu tenho os seguintes "grupos" de amigos
  • Os de infância (que por mais que caia naquele clichê de "um dia iremos nos distanciar", se tornaram apenas colegas - afinal, o destino está aí, e cada um vai por um caminho né?!).
  • Os da escola (que amigo de verdade, só uma).
  • Os do inglês (que entre poucos e bons, está a melhor =D).
  • Os da faculdade (poucos e bons - prova de que o valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas sim na intensidade com que elas acontecem).
  • Os da turma do CFS (que acabou virando minha família, e consegui amigos de verdade).
  • Os do fórum de HP (L)
  • E aqueles que são amigos da internet, mas que eu me pergunto até hoje como foi parar no meu msn, sabem? =P

Claro, também tem os amigos dos amigos, que acabam adicionando no msn e no orkut (oi, aqui é o fulano, que estava com o beltrano aquele dia no barzinho. Estou adicionando ok? =D). Posso contar meus amigos um a um, mas eu também sei o valor que cada um tem pra mim. E por mais que eu fique longe de muitos por um tempo, seria bom se eu pudesse avisar todos os dias a todos eles que eu nunca me esqueço deles.

Porque afinal, friends will be friends right to the end.

sábado, 19 de abril de 2008

Vida

Ás vezes me pergunto porque nossa vida muda tanto em tão pouco tempo. Uma coisa é você fazer planos por toda sua vida esperando e já sabendo o que vai acontecer se você tomar determinadas decisões. Agora o inesperado muitas vezes me dá um pouco de paúra, por mais que eu goste de arriscar. Não sei o que vai ser da minha vida dentro de menos de um ano, e por mais que isso acarrete coisas que eu sempre quis (como independência financeira e morar sozinho, por exemplo), eu ainda tenho receio do que possa acontecer, principalmente quando não se tem ninguém para dividir os medos e os anseios, e quando não se sabe fazer compras e nem arroz.

Como diria Hardy Har Har: quando é que essa vida de sofrimento irá acabar? Ó céus, ó vida, ó azar!

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Por mais que a solidão me caia bem, tem horas que ela cansa. Normalmente, o que as pessoas consideram uma pessoa sociável e popular são aquelas com excesso de simpatia, ou seja:efusivas. Risos demais, abraços demais, conversas demais e intimidade nenhuma. Eu não acho que eu seja obrigado a rir de alguma coisa só porque todos acham graça, e também acho que eu tenho o direito de rolar de rir quando quero. Parece que algumas pessoas só chegam perto de você querendo sacanagem, ou então te acham um chato ranzinza (fazer o quê, gosto não se discute). Melhor poucos e verdadeiros amigos, do que ter um bando de "conhecidos". Até quando isso vai durar heim? Já tá chato esperar. Já pedi aos céus, ao inferno, pro papai noel, pro coelhinho da páscoa, mas a situação começa a ficar crítica.

Antes só do que acompanhado pela solidão. ( ? )

quarta-feira, 9 de abril de 2008

All we need is love. At least, it is all that I nedd.

A beautiful world


Se houvesse um outro mundo atrás dessa porta, como ele seria? Um mundo onde tudo é mais bonito e mais colorido, onde não existe injustiça. Onde todos são felizes, independente de raça, credo, opção sexual, gosto musical. Funkeiros e Rockeiros andariam lado a lado como num mundo de faz de conta. Mc Leozinho gravaria uma versão mais "agitada" de Creep, e o Thom Yorke agitaria todos na velocidade 5 do Créu. Os Skinheads cantariam Dancing Queen numa mega Parada Gay, e alguns militantes do movimento GLBT dariam uma boa surra em alguns amigos mais escrachados. Afinal, limite e bom senso não fazem mal a ninguém, e a mesma mão que afaga, também afoga.
Não suficiente, imagine aqueles negros estilo guêto americano, com roupas extra gg ouvindo hip hop altão (nada contra o hip hop, nem o altão - afinal, acabou o preconceito no mundo, né?!) em cerimônias chiques, do tipo em que só se come comida difícil de pronunciar o nome (foie gras, por exemplo - patê de fígado de ganso soa muito melhor) e quando vissem a mesa de queijos e vinhos, alguém tivesse a empáfia de dizer: Meu deus, estão servindo até queijo mofado pros convidados. Por isso estão tão ricos.
Agora, como tudo na vida, o gran finale. O Bispo Macedo dançando Ijexá, com abadá branco e turbante de bahiana, e todas aquelas bahianas louvando ao senhor, queimando todos os pecados e repreendendo essas pessoas que se entregam ao demônio e acabam perdendo um lugar no céu. E o Bispo, abençoando com arruda e água de cheiro, o tão demorado acordo de paz entre os EUA e o Iraque, onde os EUA desiste de vez das guerras e conflitos. E de presente, o Iraque resolveu dividir todos os peços de petróleo com eles. Afinal, pra que brigar por um monte de óleo preto que nem dá para beber? Petróleo tem muito no mundo, o que está acabando é a água potável.
Com um mundo a la propaganda de margarina as coisas seriam bem melhores né? Mas também seriam muito mais sem graça.

Pecado...

Pecado é não dar voz ao coração, é deixar passar a oportunidade, os sonhos e a vida.
Pecado é não amar intensamente, arrancando suspiros e gemidos de prazer.
Pecado é dar as costas as incertezas do coração abraçando o vazio interior.
Pecado é viver na tristeza com medo da loucura de ser feliz.

E então, você vem comigo ou vai continuar aí sentado, deixando a vida passar em tons de preto e branco e por acaso? O que passou passou, e juntos a prática se torna mais fácil do que na teoria.

segunda-feira, 17 de março de 2008

Juntei papelão e um pouco de fita...

Embalei a saudade e as palavras não ditas. A saudade aperta cada vez mais. E a saudade do que não aconteceu? Aquela velha história do quase, que já está ficando clichê de tanto que ocorre. Pensamos o tempo todo: e se eu não tivesse feito isso, ou se eu tivesse feito aquilo. Tudo isso torna a vida um pouco incompleta, como se pudessemos ter feito mais por nós mesmos, e fomos covardes ou incapazes de fazê-lo. E por mais que se tente, tem coisas que realmente são insubstituíveis. E as palavras não ditas? No fim das contas, a culpa de tudo é delas, já que se tivessemos falado as coisas certas nas horas certas, tudo seria diferente. O quase não existiria. É melhor se arrepender de ter tentado do que de não ter feito o que devia ter sido. O jeito é embalar as saudades e as palavras não ditas e seguir em frente. Afinal, a vida tem que continuar. Temos toda nossa vida pra viver e todo nosso amor pra dar.